quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Amendoas Amargas

Á muito tempo que eu não escrevo no blog. Peço desculpa aos meus 20 seguidores... :) Este texto foi escrito mesmo agora, á pressa, portanto peço desculpa caso ele não pareça com sentido.


    Cheira a amêndoas amargas no quarto. Dentro dele, debruçado sobre a cama quente, está ele, o meu rapaz. Como dizia Gabriel Garcia Marquéz no seu livro, o cheiro das amêndoas amargas recordava sempre, a Juvenal Urbino, o destino dos amores contrariados.
E talvez naquele quarto, obsoleto e pálido, estivesse a enfermidade do nosso amor, o desperdício dos dias contados, tempestades de cóleras emocionais, uivos de sereia imaculada no gesticular do rapaz.
As noites também elas eram contadas, por mim. E fui contando todas as noites em que ele não saía do quarto, todas as noite em que me hesitava na penumbra olhando as estrelas, todas as noites em que deixava pelo largo caminho da tristeza apenas o silêncio.
Pedia-lhe que desabafasse comigo.
- Tens algum problema? Eu amo-te! Porque não me abraças? - Chorava. - Eu amo-te, e tu sabes disso. Somos um só... tu próprio o disseste um dia! - Soluçava.

Ele lá cedia um sorriso quebrado, entre outros peculiares dele, e perdoava-me desta maneira. Eu desculpava-me dizendo as verdades: que o amava, que eu lhe pertencia, como uma perola pertence a uma concha ou como o sapatinho de cristal pertence á Cinderela.


Espero terem gostado do texto. Comentem e me sigam. Ah! Não o copiem, pelo menos sem minha permissão.

2 comentários:

  1. Minha querida:
    Isso é uma situação muito comum.O Amor,às vezes,prega-nos partidas.Mas,se for verdadeiro,manter-se-á.
    Beijinhos
    Se me quiser visitar,tenho muito gosto.A morada é: http://pegadasdeanjo.blogspot.com
    Beatriz

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  2. eu gostei!;)))Cmo o David Mourão-Ferreira dizia, os amores felizes não têm história.

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